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Haitiano é agredido até a morte em Santa Catarina" Folha de S. Paulo online 20/10/2015

  • Pedro Henrique
  • 24 de out. de 2015
  • 2 min de leitura

Estava em casa assistindo televisão, quando meu amigo Uira me chamou para irmos a um restaurante almoçar. Aceitei o convite, me arrumei e saí de casa para me encontrar com ele no lugar combinado.

Chegamos ao restaurante e começamos a conversar sobre vários assuntos, entre eles: cidadania, homofobia, religião e trabalho.

Quando o assunto chegou em "trabalho" percebi que havia um senhor sentado à mesa ao lado que se incomodou com a nossa conversa e começou a ficar irritado com o que Uira dizia sobre o seu trabalho. Foi quando o senhor se levantou da sua mesa e veio em nossa direção, e começou a ofender Uira pela sua cor e por vir para o Brasil roubar o emprego de muitos brasileiros. Uira muito educado disse:

− Eu não ganho muito, mas preciso do dinheiro. Apenas faço o serviço que muitos brasilei

ros não querem fazer.

O senhor revoltado agrediu Uira com um soco em seu rosto, e teve a audácia de ainda gritar:

− Negro idiota. Vai ter o que merece!

Concluí que além de preconceituoso, o senhor estava desempregado e incomodado com a presença de um haitiano que conseguiu um emprego no Brasil. O senhor acabou sendo retirado do restaurante e a situação desagradável fez com que fossemos embora também.

Fomos para a minha casa e ficamos conversando. Anoiteceu e Uira foi embora.

No dia seguinte, acordo com a ligação de que Uira tinha sido agredido e morto em frente ao seu local de trabalho. Não tive dúvidas de quem havia sido o causador disso tudo! Só quero justiça! Perder um amigo, que só faz o bem não é nada fácil. O culpado deve pagar por isso! Cor não define caráter e quem precisa de emprego, aceita o que tiver.


 
 
 

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