O casamento
- Ana Paula Rodrigues
- 20 de nov. de 2015
- 1 min de leitura

No sertão, havíamos nós, Sebastiana e Raimundo. Morávamos em um lugar pobre onde tinha galinhas, vacas, boi e cavalos. O pouco dinheiro que conseguíamos no trabalho na roça, ajuntávamos para nosso casamento que seria junto com a festa de São João.
Às 5 horas da manhã acordávamos, tomávamos um pouco de café e íamos para a roça conquistar um pouco de dinheiro para os preparativos. Debaixo do sol ardendo em nossas cabeças, mas o sorriso no rosto era fundamental. Ao chegar no fim do mês, acordamos cedo e começamos a fazer a fogueira com a lenha que meu cunhado Genivaldo foi buscar. O bolo do casamento seria de fubá, afinal, todo mundo gostava. Pegamos os lençóis e cobrimos as mesas. Ficou tudo perfeito, até que dando o horário para a cerimônia o pastor não chegava. Já tínhamos pagado, isso nos preocupava também.
Chegando perto da meia noite o pastor chegou, todo cheio de lama, preocupados ainda perguntamos com aquilo aconteceu, então descobrimos que no caminho havia um rebanho para e uma árvore caída em uma poça de água. Adiamos o casamento.
No dia seguinte todo mundo de ressaca, menos nós dois, que não dormimos ansiosos para casar. Então fomos à igreja só eu e Sebastiana. Até que enfim casamos. Ao chegar em casa após casar estavam lá todos os parentes e amigos. Aí dançamos até o sol Raiar.
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