A Fuga para a paixão

A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos.

Não cito aparelhos por se ligarem a ofícios.

Um deles era o ferro ao pescoço.

Havia a máscara de folha de flandres.

A máscara talhando a Boca.

Era fechada na cabeça com cadeado.

Perdiam a tentação de furtar.

A escravidão junto com horrores.

Com ferros ao pescoço para fujões.

Era uma coleira grossa.

Com haste grossa.

Até o alto da cabeça.

Fechada no cadeado.

Os escravos fugiam com frequências.

Nem todos gostavam da escravidão.

Grande parte de fujões era apreendida.

Tinha uns que servia como padrinho.

E o mesmo dono não era mau.

Porque dinheiro também não dói.

A fuga repetia-se.

O castigo recebia-se.

A criatura rara das fugas mais farsas.

Ao público que os achava.

Ganhava gratificação com quantia aumentada.

Gratificar-se a generosamente.

Ou recebera uma gratificação.

Era fácil reconhecer um escravo.

Pois andava descalço.

Com uma trouxa no Braço.

Para pegar um escravo fugitivo.

Contrataram um caçador do mato.

Com nobreza implícita.

Com uma pobreza.

Ele cedeu a pobreza.

Quando aceitou o emprego.

Mas ele tinha um defeito.

Não aguentava um emprego.

O que ele chamava de caiporismo.

Ele tem obrigação de apanhar escravos.

Com esforço entro de caixeiro.

Com um emprego fixo.

Deixou de viver.

Teve seus objetivos.

Maus obtidos.

Quando veio a Paixão.

Não tinha mais dívida.

Morava com o primo.

Entalhador de profissão.

Nem fazia obras finas.

Apenas garras para sofás.

Queria ter em que trabalhar.

Mas o trabalho o ignorou.

Seu amor ia aumentando.

Mas ela era órfã.

Morava com a tia.

Não cosia tanto.

Que não namorasse.

Mas os namorados,

Apenas queriam matar o tempo.

Porque a carne é fraca.

E o corpo não escapa.

Porque sua paixão é bela.

E sua caça é praga.

Deixou o escravo fugir.

Voltou para casa triste.

E não sabia mais como agir.