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A moça que esperava

  • Ana Paula Rodrigues
  • 22 de mar. de 2016
  • 1 min de leitura

Era um homem em uma

caixinha azul, tão atraente

quanto às estrelas do Sul,

mas tão solitário quanto um

coração abandonado, então

ele andava pelas ruas atrás

de alguém que o ajudasse a

ser feliz e viajar por toda

constelação, por todos os

planetas , por toda a história

afinal ele era o senhor do tempo.

Quem o via não sabia o

quanto ele já viveu o quanto

ele já perdeu, eram tantas

conquista sem pedi nada em

troca sem querer

reconhecimento apenas a

certeza de ter transformado

aquele momento.

Sua nave tão grande por

dentro é tão pequena por

fora, era o seu mundo era

tudo que ele tinha, era a

coisa mais encantadora pra

quem olhasse.

Quem viajava no tempo com

ele, desejava nunca mais ir embora,

mas idade chegava

e só ele não envelhecia,

então o homem solitário

guardava lembranças

de suas extraordinárias companheiras.

Havia uma de suas mulheres,

mas não era qualquer moça

era a menina solitária

que esperou por sua volta,

em uma noite de véspera de Natal

ela tão pequena se ajoelhou e pediu,

que em uma cabine de policial

chegasse um homem

pra lhe fazer companhia,

por pura coincidência,

um barulho no seu fundo

de quintal a incomodou,

então de repente uma caixinha azul,

quando chegou lá

era um homem meio maluco

de cabelo bagunçado,

e com uma gravata borboleta,

ele a encantou e prometeu buscá-la,

com sua malinha pronta

sentou e o esperou,

quando ele voltou

tinham se passado 5 minutos

mas apenas pra ele,

para ela tinham se passado 5 anos,

mesmo assim ainda o esperava.


 
 
 

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