O começo de um amor
- Paloma Goes
- 21 de jun. de 2016
- 7 min de leitura

Meu nome é Angel, tenho 18 anos e moro em São Paulo (sou morena, alta, cabelos castanhos, olhos pretos). Fiquei muito tempo pensando se eu iria mesmo contar essa história para vocês, vamos se dizer que ela é real.
Não vou falar muito, vamos começar logo!
Eu estava em meu curso, fazendo alguns exercícios em minha apostila, já estava entediada de ficar naquele lugar e pensar que eu continuaria ali o resto do dia. Eu trabalhava lá como recepcionista e assistente de meus professores, e aguentar eles não era fácil. E como se não bastasse aguentar os meus professores eu tinha que aguentar as pessoas que ali chegavam, com ignorância e sem paciência e eu com a obrigação de sorrir mesmo com isso acontecendo.
Fui questionar o meu supervisor sobre o que estava ocorrendo:
- Eu não aguento mais ficar atrás daquele balcão e ouvindo os clientes dizendo bosta e ficar sem dizer nada, e ainda sorrir para eles como se eu não estivesse ouvindo tudo aquilo, por favor me deixe trabalhar somente com os meus professores, pelo menos é melhor eles do que esse bando de ignorantes, sem respeito.
- Você está aqui para trabalhar e não questionar, você vai continuar com esse trabalho e pronto e acabou. Esqueceu que foi você que veio implorando a mim pedindo esse trabalho. Vá logo para traz daquele balcão e trate os clientes bem, sem cara feia, sorria.
- Sim senhor!
E lá fui, com um sorriso falso em meu rosto, e como sempre a maioria dos clientes com ignorância, já estava cheia, mas fazer o que tenho que aguentar de boca fechada. Passei o dia todo naquele lugar, estava muito cansada, fui direto para casa que não ela muito longe dali. Durante o caminho atravessando a rua, sinto meu corpo caindo no chão, minha visão escurece, sinto uma mão me tocando e uma voz de um homem perguntando se eu estava muito machucada.
- Moça você está bem, esta muita machucada? Disse ele me levantando.
- O que aconteceu? Minha visão já estava voltando ao normal.
- Você atravessou a rua e o semáforo estava verde, e acabou sofrendo um acidente, o cara com a moto acabou fugindo.
- Ah, obrigada por me ajudar. (Com a minha visão recuperada vi que aquele homem era muito bonito por sinal).
- De nada, aonde é sua casa? Te levarei lá.
- Obrigada, minha casa é virando a esquina.
Ele me trouce em casa, chegando lá me perguntou se eu estava bem, se não precisava me levar ao hospital. Disse a ele que não precisava que eu estava ótima para uma pessoa que acabou de sofrer um acidente. Ele sorriu (Seu sorriso era perfeito).
- Tome o meu número e se caso precisar de alguma coisa pode me ligar, vou indo está muito tarde, Tchau. Disse ele sorrindo e se despedindo.
- Tchau. (Me despedi com um sorriso bobo em meu rosto e acho que ele percebeu)
Fiquei em frente em minha casa observando aquele homem indo embora e percebi que acabei esquecendo de perguntar o seu nome. Entrei em casa, minha mãe não estava, ela trabalha a noite a gente não se vê muito, fiquei durante horas pensando naquele homem, recordando de como ele era lindo. Ele é moreno, tem olhos castanhos, cabelo preto, alto acho que 1,85 por aí, e aquele sorriso não posso deixar de comentar era perfeito (o que eu acho mais bonito em um homem é o sorriso, quando eu vejo um sorriso tão perfeito me derreto toda rsrsrsrs). Dormi pensando nele, meu Deus que clichê.
Na manhã seguinte, acordei fiz minhas higienes, tomei meu café e fui direto para o trabalho. Chegando lá fui para traz daquele balcão novamente assumindo o meu posto, pensando se eu deveria ligar para aquele homem perguntar seu nome e se queria almoçar comigo. (Se eu for ligar, vai ser mais tarde porque tem muita coisa para fazer agora). Estou organizando uns documentos e de repente ouço uma voz familiar.
- Olá, pode me ajudar?
Levanto o meu rosto e vejo aquele sorriso perfeito novamente. Era homem da noite passada.
- Oi, posso sim. (Digo sorrindo).
- Ora Ora se não é a moça bonita de ontem, você trabalha aqui?
- Sim!
- Você está bem?
- Estou sim, obrigado por perguntar, e obrigado novamente por ontem, você foi muito gentil. Mas o que posso te ajudar?
- De nada, como eu disse ontem, quando precisar de alguma coisa pode contar comigo. Eu tenho hora marcada com o Marcos, vou fazer uma entrevista de emprego.
- Ah vou avisá-lo que você está aqui. Qual o seu nome? (Finalmente saberei o nome dele).
- Thomaz e o seu?
- Angel!
- Que nome bonito. (Diz ele sorrindo)
- Bom, o Marcos já está a sua espera, boa sorte na entrevista.
- Obrigado, vamos fazer um trato? Se eu passar na entrevista eu te levo para almoçar o que acha?
- Está bem, trato feito. (Digo com um sorriso bobo).
- Tomara que eu passe, não posso perder essa oportunidade de almoçar com um Anjo lindo desse. Aonde é a sala dele? (Quando ele falou isso, meu Deus como eu fiquei vermelha e ele percebeu isso, ele deu até sorrisinho de lado)
- Eu te levo até lá.
Levei ele até a sala, avisei ao Marcos que ele já havia chegado.
- Boa sorte.
- Obrigado Anjo.
Chegou a hora do almoço e ele não voltou ainda, será que ele passou na entrevista? (Perguntei a mim mesma). Já ia saindo para almoçar quando eu ouço uma voz.
- Já vai almoçar? Esqueceu do trato que fizemos?
- Você demorou, pensei que não tinha passado, e não eu não esqueci do trato.
- Como eu não iria passar sou muito bom, se eu não passasse eles que estariam perdendo.
- Nada convencido você né? Eai vamos aonde?
- Convencido eu? Jamais! Rsrsrs, vou te levar a um restaurante muito bom.
- Está bem (digo rindo)
Saindo do meu trabalho ouço minhas colegas cochichando.
- Você viu? Quem será ele? Disse uma delas.
- Não sei, mais ele é muito bonito, bateu uma invejinha dela.
Fomos ao restaurante, que era muito bom por sinal, almoçamos, conversamos, rimos, temos muitas coisas em comum. (Vou citar algumas delas: Gostamos de dançar Hip-Hop, temos o mesmo gosto pra roupas e músicas, temos a mesma idade, chega já falei demais rsrsrsrsrs). Ele me levou de volta ao meu trabalho.
- Obrigada pelo almoço (digo sorrindo).
- Obrigado você por sua companhia.
- Quando você começa a trabalhar aqui?
- Amanhã mesmo, porque? Já está com saudades?
- Vou falar nada, beijos tenho que voltar ao trabalho, foi um prazer te conhecer até amanhã.
- Até amanhã linda, o prazer foi todo meu. Disse ele se despedindo me dando um beijo na bochecha.
Ele foi embora, e voltei ao meu posto. Já percebi que a partir de amanhã esse lugar não vai ser muito entediante, chato. Chegou o final da tarde e terminou o meu expediente, fui para casa como sempre.
Cheguei lá, fui tomar uma ducha, e continuei a pensar no Thomaz. Me arrumei pra ir dormir quando recebo uma ligação.
- Alô, quem é?
- Sou eu anjo.
- Thomaz?
- Sim, não reconhece a minha voz?
- Pelo telefone a sua voz é estranha, como consegui o seu número?
- Peguei com a sua colega do trabalho, ela não queria dar mais eu insisti e consegui.
- Nossa rsrsrs.
Ficamos a noite toda conversando, ele é muito gentil, ele não tinha namorada (Homens assim é difícil de encontrar, achei até estranho).
Passou, semanas, meses e eu ele nos tornamos muito amigos. Durante esse tempo a minha mãe acabou falecendo, foi muito difícil superar, apesar de não se vermos todos os dias, ela era a minha mãe e eu a amava muito. Deus tem mais um anjo ao lado dele. Thomaz me ajudou muito, com palavras com gestos, sendo muito atencioso como sempre.
Dias foi passando e eu eles juntos, (Sim, eu e ele estamos namorando). Ele me pediu em namoro quando nós fomos em um parque de diversões.
Passou semanas e recebi uma notícia muito boa, para mim sim, mas para Thomaz nem tanto. Recebi uma oportunidade de trabalhar no exterior, em Los Angeles, não posso recusar. Ele ficou feliz por mim, mas ficou triste ao mesmo tempo porque vamos demorar de nos vermos.
Chegou o dia, vou para Los Angeles, estaria realizando um dos meus sonhos, eu vou ficar na casa das minhas amigas (Pietra, Ana, Heloisa e Amanda) que moravam lá a 1 ano (elas são como irmãs para mim), vou matar a saudade delas, mas vou ficar morrendo de saudade do Thomaz. Estava esperando por Thomaz no aeroporto (ele não me acompanhou até lá porque tinha que resolver uns negócios).
- Oi Thomaz, demorou achei que se despediria de sua namorada.
- Como eu poderia fazer isso, deixar de ver meu anjo, nunca.
- De quem são essas malas?
- Minhas!
- Você vai viajar?
- Vou pra Los Angeles com você (diz ele sorrindo alegremente).
- Sério? Que bom, eu ia sentir tanta saudade que não saberia aguentar.
- Que bom mesmo, não ia aguentar ficar sem tiver.
- Então vamos logo, se não vamos nos atrasar.
Embarcamos no avião, fiquei muito ansiosa para chegar em Los Angeles e reencontrar as minhas amigas, meu Deus que saudade. Depois de algumas horas desembarcamos em Los Angeles e minhas amigas estavam à minha espera, como havia dito antes eu vou ficar na casa delas e o Thomaz vai ficar em um hotel em frente, quanto mais perto melhor. Chegando lá fui descansar porque ficar em um avião durante horas sentada sem fazer nada não é fácil, no dia seguinte contei tudo a elas, colocamos o papo em dia. Fomos a vários lugares, nos divertimos muito.
Eu começaria no trabalho semana que vem. O Thomaz conseguiu um trabalho em uma empresa de automóveis não muito longe do lugar que eu ia trabalhar. Passou meses, e eu já estava noiva, eu e Thomaz nos casaríamos no ano que vem. (Essa história parece aquelas de filme, com um final feliz, tomara que continue assim). Estamos se adequando a Los Angeles, graças a Deus. Claro que passamos por altos e baixos aqui, mais nada que não possamos superar, passar por cima dos obstáculos e continuar.
Bom, a história acabou por aqui. Espero que gostem.
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