Minhas Sombras
- Jones M. Coelho
- 30 de jul. de 2016
- 1 min de leitura

Sombras. Sombras que afligem o meu dia. Não são sombras comuns. Não são meras interrupções de luz. Nunca. Jamais poderiam ser as sombras que as crianças temem. Não são sombras bidimensionais que respeitam o seu corpo de origem.
Essas sombras, minhas sombras são sólidas e tridimensionais. Elas se movem, não respeitam nenhum corpo, são independentes. Não são sombras do presente, não são sombras do futuro e tampouco do passado.
Essas sombras, sombras que já não me incomodam, elementos de minha vida que deixei de me importar. Faz tanto tempo que as vejo. Nem sequer tenho memória da primeira, nem tampouco do meu primeiro ataque de pânico por vê-las.
Sombras. Essas sombras, já deixaram de ser incomodo, agora são apenas borrões em minha visão periférica.
Nos primeiro anos em que elas invadiram minha visão, buscava eu um significado, uma justificativa, um propósito para tal seres se manisfestarem a mim. Mas depois de muita persistência acabei por desistir. Para mim elas não passavam de sombras.
E lá estava eu, errado mais uma vez.
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